Todo mundo tem receio de ser processado. E não é para menos, já que o Brasil é um dos países que mais utilizam os serviços do Poder Judiciário. Existem mais de 100 milhões de ações em tramitação nos tribunais do país. E um tipo de processo que está ficando muito comum é o de clientes que buscam uma indenização. A proteção para esses casos é o seguro de responsabilidade civil.
Esta apólice evita, por exemplo, que um profissional de saúde precise pagar a indenização para um paciente que acredita ter sido vítima de um erro médico. Ou que tenha, simplesmente, ficado insatisfeito com o resultado de uma cirurgia plástica, ou de um tratamento para clarear os dentes. São situações que, dependendo do valor da condenação, podem levar um profissional à falência. Vejam estes números:
– Houve um aumento de 140% nos casos de processos por erro médico que chegaram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), entre 2010 e 2014;
– Em 2016, uma média de 10 pacientes por dia entraram com processos contra profissionais de saúde nos tribunais de Minas Gerais;
– Em 2017, as varas do Tribunal de Justiça do Amazonas receberam mais de 300 processos por erro médico, cerca de um a cada dois dias.
Poderíamos citar estatísticas parecidas de cada estado brasileiro. Quanto mais a imprensa divulga reportagens sobre indenizações por erros médicos, mais a quantidade de processos judiciais aumenta.
COMO FUNCIONA A APÓLICE?
O seguro de responsabilidade civil é muito simples. O profissional contrata uma apólice de qualquer valor. Por exemplo, R$ 10 mil. Durante a vigência desta apólice, se perceber que será processado, ele aciona a seguradora, que passa a se responsabilizar pelo pagamento da indenização, em caso de condenação, até o valor contratado. Neste exemplo, até R$ 10 mil é tudo por conta da seguradora. Se a indenização for de R$ 12 mil, o profissional precisará completar o pagamento dos R$ 2 mil faltantes.
É possível contratar diferentes faixas de cobertura para o seguro de responsabilidade civil. Cirurgiões plásticos costumam ter apólices de R$ 500 mil, e pagam cerca de R$ 10 mil anuais por ela. Pela mesma cobertura de R$ 500 mil, categorias profissionais bem menos processadas, como acupunturistas, pagam R$ 300,00 por ano. Ou seja, como em todo seguro, quanto maior o risco, maior a despesa. Quanto menor o risco, mais barata a apólice fica.
O SEGURO NÃO É SÓ PARA MÉDICOS
O seguro de responsabilidade civil é muito popular entre os médicos. Porém, é útil para qualquer tipo de profissional. Fizemos um levantamento para descobrir quais atividades têm comprado esta apólice com mais frequência nos últimos meses:
– CABELEIREIROS: há clientes que entram na Justiça porque não gostaram do corte de cabelo. Eles costumam ganhar a indenização. O visual está ligado à autoestima. Quem não gosta do que enxerga no espelho, pode ficar deprimido, e isso leva ao uso de remédios, e todos os gastos e problemas decorrentes do serviço mal feito são considerados pelo juiz. Você, que trabalha 6 dias por semana, corta o cabelo de 10 clientes a cada jornada, vai correr este risco?
– CLÍNICAS DE EMBELEZAMENTO: é a mesma situação. A cliente não viu resultado na drenagem linfática? Processo. O peeling deixou a pele mais vermelha do que o esperado? Processo. Mesmo uma insatisfação com a pintura das unhas, algo fácil de ser consertado rapidamente, pode gerar um pedido de indenização.
– SÍNDICO PROFISSIONAL: esta é outra categoria que precisa, e muito, de um seguro de responsabilidade civil. Quem já esteve numa reunião de condomínio sabe como a situação pode esquentar e como é impossível agradar a todos os moradores. Um síndico toma várias decisões importantes, aprovadas ou não em assembleia (às vezes, não há tempo para reunir os condôminos e votar uma situação emergencial). Qualquer morador pode argumentar que foi prejudicado pela decisão e abrir um processo judicial.
– DRONES: As filmagens aéreas com a utilização de drones estão na moda. A legislação começa a se adequar à novidade. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) tem criado regras para a utilização dos equipamentos. Quem opera um drone precisa ter um cuidado gigantesco. Imagine o tamanho da indenização se ele cair e ferir alguém? Ou se provocar um dano a um helicóptero ou avião? E pior, muito pior: se causar um acidente aéreo? Operar um drone sem ter um seguro de responsabilidade civil é correr um sério risco de ir à falência.
PROMOTORES DE FESTAS: a noiva ficou insatisfeita com a organização do casamento? A debutante está furiosa porque não apreciou o sabor dos canapés servidos aos convidados? A empresa ofereceu um coquetel aos clientes e tudo deu errado? É quase impossível que um promotor de festas, por mais competente que seja, consiga controlar todos os passos do evento. Sempre há quem reclame. E entre os reclamões, sempre há os que processam.
ENGENHEIROS E ARQUITETOS: clientes costumam processar engenheiros e arquitetos não só porque não gostaram do resultado do serviço, ou porque acreditam que houve falhas na execução, como uso de matéria-prima inadequada, mas, principalmente, porque houve atraso. E pense conosco: qual obra não atrasa? Para enfrentar um consumidor mal-intencionado, a sua carta na manga é o seguro de responsabilidade civil.
Citamos algumas categorias profissionais, mas a apólice é útil para todo mundo. Você lida com clientes? Então precisa ter um seguro para se proteger deles. Clique aqui, preencha o formulário e os especialistas da JFA Consultoria em Benefícios enviarão as melhores opções para suas necessidades. Passe a trabalhar com tranquilidade. Você merece levar uma rotina profissional sem medo!