O Brasil é o segundo país mais estressado do mundo, de acordo com um ranking que acaba de ser divulgado pela International Stress Management Association. Para se ter ideia, 30% da nossa população já sofreu com a Síndrome de Burnout. Estamos atrás apenas do Japão, onde 70% dos habitantes já apresentaram sintomas da doença. Mas ficamos à frente da China, uma nação frequentemente acusada de fechar os olhos para o trabalho escravo e estimular longas e ininterruptas jornadas profissionais.
Você aguentaria fazer 80 horas extras por mês?
Até bem pouco tempo atrás, cerca de 25% das empresas japonesas exigiam que os empregados fizessem mais de 80 horas extras mensais. Em 2019, o governo limitou o expediente adicional a 45 horas por mês, o que ainda é muito para os padrões ocidentais. A filial japonesa da Microsoft seguiu o caminho inverso e criou finais de semana de três dias. O resultado foi um aumento de 40% na produtividade, o que demonstra claramente que muito trabalho nem sempre significa mais lucro. Pessoas cansadas e doentes não rendem tanto quanto poderiam.
O que é a Síndrome de Burnout?
Burnout significa “queimar por fora” ou, numa tradução mais livre e coerente com a língua portuguesa, “queimar até o fim”. A Síndrome de Burnout é causada por estafa física e mental, relacionada ao excesso de trabalho, ou às pressões sofridas neste ambiente.
São prazos apertados para tarefas complexas, competitividade excessiva, assédio moral, chefes que dão ordens incoerentes, horas extras praticamente todo dia, mensagens de WhatsApp enviadas por superiores ou colegas até nos raros momentos de folga. Tudo isso leva a um quadro de Síndrome de Burnout.
Presenteísmo e depressão
Dos brasileiros já diagnosticados com a Síndrome de Burnout, 92% não sentem vontade de trabalhar. Poucos deles conseguem ter forças para suportar a situação e cumprir suas funções profissionais. Incríveis 90% dos doentes praticam o presenteísmo, ou seja, estão fisicamente no local de trabalho, mas não produzem nada. A mente está em outro lugar. E pior, cerca de 50% dos pacientes sofrem de depressão.
Quem são os profissionais atingidos pela Síndrome de Burnout?
É comum relacionar a Síndrome de Burnout aos subalternos ou aos profissionais na base da linha hierárquica que sofrem com as pressões vindas de cima. Mas a realidade não é bem essa. Em 2019, a quantidade de casos aumentou 50% entre pessoas que ocupam funções gerenciais, 39% entre os diretores, 43% entre os vice-presidentes, 45% entre os presidentes e CEOs, e 40% entre os membros do conselho. A Síndrome de Burnout faz o profissional trabalhar cerca de 5 horas a menos do que a média.
Como afastar a doença da sua empresa?
Siga os bons exemplos que estão crescendo em todo o mundo. Uma consultoria multinacional, especializada em benefícios, fez um estudo e mostrou que projetos de saúde mental são a nova prioridade corporativa. Cerca de 30% das organizações ouvidas disseram que vão implantar iniciativas para combater a Síndrome de Burnout em 2020, e 46% afirmaram que já tomaram providências nesse sentido. Veja algumas dicas de benefícios para funcionários que a sua empresa pode criar:
– Ter um psicólogo na companhia à disposição dos colaboradores;
– Instalar uma sala de descompressão ou de meditação;
– Oferecer massagens durante o expediente;
– Contratar um coaching de saúde para orientar a equipe.
Benefícios aumentam o engajamento!
Nós já mostramos aqui como os benefícios aumentam o engajamento e evitam problemas de saúde, inclusive reduzem a utilização no plano de saúde e melhoram o índice de absenteísmo. Funcionário feliz é sinônimo de produtividade, é garantia de resultados melhores para sua empresa. Para conversar com nossos especialistas e saber como manter sua equipe longe da Síndrome de Burnout e de outros perigos, clique aqui.