A crise de ansiedade no trabalho é mais comum do que parece. Ela é causada por diversos motivos, mas principalmente pela rotina agitada. Só que poucas empresas estão realmente preparadas para lidar com essa situação no dia a dia. Será que a sua também precisa de ajuda nessa área?
O Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas. Segundo um estudo realizado em 2019 pela OMS (Organização Mundial da Saúde), 18,6 milhões de brasileiros sofriam com esse transtorno.
Com o início da pandemia do novo coronavírus, o país viu os casos de transtornos mentais aumentar. As mudanças na rotina impactaram negativamente na vida da população.
O número de pessoas relatando crises de ansiedade dobrou ainda nos primeiros meses de 2020, de acordo com os dados de uma pesquisa realizada pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
A crise de ansiedade no trabalho traz consequências. O funcionário tem uma queda de produtividade e desempenho, e corre o risco de que a condição evolua para outras doenças.
Nem sempre a empresa é responsável pelo quadro de transtorno mental do colaborador. No entanto, ela tem a responsabilidade de tornar o ambiente de trabalho mais receptivo e reconhecer os casos.
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Crise de ansiedade no trabalho: o que é e como reconhecer os sintomas?
Qualquer pessoa pode se sentir ansiosa no dia a dia, como, por exemplo, enquanto está se arrumando para sair com os amigos ou durante a preparação de um projeto importante.
A diferença está na frequência com que a ansiedade se apresenta. Quando ela começa a atrapalhar atividades rotineiras da vida de uma pessoa, passa a ser considerada um transtorno.
Apesar de ser um quadro geralmente desenvolvido na infância ou adolescência, muitos adultos também podem sofrer com essa doença.
O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) gera impactos mentais e físicos. Ela tem início nas preocupações excessivas, até que dominam a mente e geram a crise.
Isso causa um “curto-circuito” no corpo da pessoa, por isso acaba impactando a saúde física também. É um descontrole emocional que provoca sensações de medo e insegurança.
A crise de ansiedade pode ser percebida por quem está sofrendo com o transtorno. Ela possui sintomas típicos que são:
– Falta de ar;
– Palpitação (coração começa a pulsar de forma forte e acelerada);
– Suor;
– Tremores;
– Dor ou desconforto no peito;
– Náusea;
– Formigamento;
– Calafrios.
Quais são as causas da crise de ansiedade no trabalho?
A crise de ansiedade no trabalho não acontece por um motivo isolado. Porém, quando há um excesso de tarefas e o colaborador sente que não está sendo reconhecido, isso pode causar uma baixa na autoestima e corroborar para o quadro de transtornos.
Funcionários que possuem uma jornada de trabalho extensa e exaustiva frequentemente desenvolvem ansiedade por causa da quantidade de atividades que precisam cumprir e o fato de não conseguirem concluí-las.
Tudo resulta em preocupação, fator principal para as crises de ansiedade no trabalho. Confira outros motivos que podem contribuir para o transtorno no ambiente laboral:
– Excesso de atividades voltadas somente para um funcionário;
– Busca contínua por melhores resultados;
– Muitas responsabilidades;
– Comunicação feita de forma agressiva no ambiente de trabalho;
– Metas praticamente inalcançáveis;
– Prazos curtos para o cumprimento das tarefas solicitadas.
Vale lembrar que a crise de ansiedade no trabalho afeta diretamente a produtividade de um funcionário.
Crise de ansiedade no trabalho: como a empresa pode ajudar?
Quando um colaborador percebe que seu colega está tendo uma crise de ansiedade, é fundamental que ele tenha empatia e saiba como pode oferecer ajuda nessa situação.
Para isso ser possível, a empresa precisa estabelecer uma comunicação sólida com seus funcionários, mostrando qual é a melhor atitude a ser tomada.
Como a ansiedade, na maior parte das vezes, é desencadeada por gatilhos internos, é essencial construir um ambiente de trabalho que preze pelo bem-estar dos colaboradores e tenha como meta principal a saúde de todos.
Confira algumas dicas de como fazer isso na sua empresa:
1- Crie uma cultura organizacional que tenha a saúde mental como objetivo
A cultura organizacional é o conjunto de valores, crenças e propósito da empresa. Ela diz respeito aos hábitos que devem ser cultivados no ambiente de trabalho, orientando a conduta dos funcionários no dia a dia.
Se a saúde mental faz parte dos princípios, então todos devem começar a compreender que o tema é relevante e merece atenção.
2- Oriente os gestores
A rotina de trabalho exaustiva está causando problemas? Isso significa que está na hora de conversar com os gestores, orientando-os sobre a carga horária.
Os líderes influenciam o modo de agir dos colaboradores. Por isso, precisam ser receptivos com a equipe.
3- Ofereça programas que visem a qualidade de vida
Pode até ser que sua empresa já ofereça um plano de saúde corporativo aos funcionários. Mas, se isso não está solucionando todos os problemas, tente criar programas diferentes.
Um projeto de qualidade de vida no trabalho precisa ser focado no bem-estar. Você pode disponibilizar aulas de ioga, meditação, exercícios laborais…
4- Tenha um psicólogo em tempo integral
Percebeu que tem muitos colaboradores sofrendo com esse quadro de transtorno ou quer evitar que isso aconteça na sua empresa?
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